quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Consciência Negra é todo dia, não ao Bullyng!
Solange Oliveira Santos*
Resumo:
O presente trabalho tem o objetivo de trabalhar com a valorização e o respeito a diversidade social, cultural e racial presente na educação, devido as
origens de cada um, pois ela pode existir livre e entre todos, pode acontecer de várias
formas, maneiras, ser compartilhada, criada ou transformada. Sabemos, da necessidade de se trabalhar
com o tema da desigualdade racial, social, e outras, pois é preciso que os alunos possam compreender e entender essas diferenças, buscando debater através da roda de
conversa, dinâmicas e atividades variadas o respeito a diferença. Essa experiência permitirá
uma prática pedagógica
reflexiva, permitindo aos alunos debater algumas questões que norteiam o problema de convivência. O objetivo desse trabalho é propor a leitura, pesquisa e o debate sobre a diversidade dos alunos, abordando as diferentes culturas
existentes na sala de aula. Sendo, que esse trabalho buscará trabalhar de forma a levar a criança a compreender que a Consciência Negra, é todo dia, e que no
mundo atual o Bullyng não deverá ter espaço, tornando-a um sujeito crítico que participa do processo social,
consciente da sua cidadania, analisando os
direitos e deveres na sociedade com base no respeito mútuo. Espera-se com este trabalho fazer com que os alunos observem a importância de respeitar a
diferença, sendo agentes colaboradores e cooperativos, vendo e interagindo com o outro, de forma
integrada.
Palavras-chave: Desigualdade; Bullyng;
Crianças.
1 Introdução
Neste trabalho intenciona-se a
necessidade de refletir a desigualdade nos diversos aspectos, com ênfase na
racial neste sentido é pensar a prática pedagógica, e seu processo de
desenvolvimento, com o intuito de levar a criança a refletir as suas ações com
o outro.
Segundo, os
PCN´s, a prática pedagógica deve ser
organizado de modo a propiciar aos alunos condições que essas crianças
concretize as intenções educativa estabelecidas de acordo com suas competências
e habilidades, valorizando o bem-estar. Para que as crianças possam criar, é
imprescindível que lhes sejam oferecidas experiências ricas, sejam elas
voltadas às brincadeiras ou às aprendizagem em situações orientadas.
É neste sentido
que, Paulo Freire, afirma ser tão errado separar prática de teoria, pensamento
de ação, linguagem de ideologia, quanto separar ensino de conteúdos de
chamamento ao educando para que se vá fazendo sujeito do processo de
aprendê-los. Numa perspectiva progressista o que devo fazer é experimentar a
unidade dinâmica entre ensino do conteúdo e o ensino de que é, e de como
aprender.
Será necessário oportunizar situações em que
os alunos participem cada vez mais intensamente na resolução das atividades e
no processo de elaboração pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir
automaticamente as instruções ou explicações dos professores.
Sendo assim, valorizar
historicamente a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade
brasileira, é papel primordial da escola. Porém sabe-se que, a lei só sairá do
papel se professores tiverem acesso à formação sobre a temática racial, podendo proporcionar aulas
dinâmicas para que os educandos faça a reflexão e transforme a
problemática.
Por isso, hoje o aluno é convidado a buscar, descobrir, construir,
criticar, comparar, dialogar, analisar, vivenciar o próprio processo de construção
do conhecimento, através de uma bela aula de história sobre Consciência Negra,
e as desigualdes raciais, sociais, afetivas e culturais, tendo como base o
livro: Tinha tudo para dar errado... Mas, deu certo!
O aluno ao construir o conhecimento baseado nos seus próprios
interesses é uma proposta que modifica a prática em sala de aula, sendo assim
este trabalho tem a intenção de levar o aluno a vivenciar o seu meio, para com
isto respeitar a diferença do outro, de
acordo com suas habilidades
2
Relato de experiência
O
Governo Federal instituiu a Lei nº. 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino
de História da África e da Cultura Afro-Brasileira em toda a escola de Ensino
Fundamental e Médio. Assim diz a Lei:
Art. 26-A. Nos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1º O conteúdo
programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História
da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras. (BRASIL, 2204, p. 35)
Desta forma, valorizar a
história dos negros na construção e formação da sociedade brasileira. Sabe-se
que, a lei só sairá do papel se professores tiverem acesso à formação adequada sobre
o referido tema.
Pensando assim, a professora
juntamente com a coordenadora, fez várias pesquisa e leitura de muitos autores
e leis, para poder complementar a prática pedagógica no mês de novembro.
Ofertando a proposta de trabalho a turma do 2º ano do ensino fundamental I, que
aconteceu devido a necessidade de desenvolver, de forma crítica, uma
metodologia do ensino dos valores humanos e procedimentos pedagogicamente
estruturados, com o intuito de promoção humana e valorização da cultura
afro-brasileira, bem como fortalecer as raízes de nosso povo brasileiro.
A ideia central, foi trabalhar
o dia da Consciência Negra, abordando a temática do Bullyng, devido as
constantes brincadeiras inadequadas que poderia se agravar, ou seja foi um
planejamento pensando na prevenção, pois havia
observado no inicio do ano letivo o quanto a sala era mista com relação as
origens de cada um. Vendo a necessidade dos alunos em entender as diferenças
raciais, religiosas, sociais buscando debater através da roda de conversa, o
respeito a diferença, para que os alunos
percebessem que o respeito é essencial.
O primeiro passo foi propor a
dinâmica: Elogios, buscando com isso realizar a
socialização e integração da turma com um trabalho coletivo, devido a grande
diversidade encontrada na sala de aula. Proporcionando a turma uma relação afetiva e social, a socialização, a vivência, a busca da
felicidade e a cidadania, focando no respeito a diferença.
No
segundo momento, cada educando foi
conduzido a pesquisar, ou seja o interesse investigativo, construindo assim o
desenvolvimento do ensino aprendizagem. Contudo, o que sabemos é que na sala de
aula encontram-se vários tipos de crianças, e para podermos trabalhar com essa
temática é necessário fazer com que as crianças observem o outro e o que ele
pode te oferecer ou o que ele já ofereceu, acreditamos ser possível melhorar a
qualidade das aprendizagens que acontecem dentro e fora da escola,
possibilitando nesse espaço educativo a reflexão do passado, presente e futuro.
Começamos a expedição investigativa através de leituras onde falava da
História do Brasil e da cultura Afro-brasileira, os educando
ficaram encantados com as descobertas. Durante a
atividade desenvolvida de geografia – Em qual estado você nasceu? Foi levado o
mapa do Brasil com a divisão política e assim iniciou o trabalho com os estados onde cada um nasceu. Com isso,
despertou nos alunos o interesse no conteúdo, pois tínhamos uma
sala com pessoas de diferentes lugares e assim estaria envolvendo os alunos.
Então,
para facilitar a compreensão das crianças, o terceiro momento foi de
apresentações culturais: Roda de Capoeira e a Professora Solange fazendo a primeira
apresentação, do estado onde nasceu – Bahia. Apresentei o samba, artesanato,
vestuário, costumes religiosos, dança, comidas típicas: acarajé, caruru, vatapá
e cocada.
Os
alunos tiveram um ótimo desempenho, despertaram a oralidade, deixando a timidez
de lado. Os alunos puderam conhecer, experimentar, escolher, apreciar,
valorizar e respeitar a diversidade humana, social e cultural presente na
sociedade em que vivemos. Além de socializar os materiais confeccionados por
meio de exposição para que todos os demais colegas pudessem compreender a
importância da diversidade cultural, racial, social ou religiosa, na construção
da sociedade.
Para
finalizar a semana de estudos e verificar a compreensão quanto a desigualdade
racial, fiz a apresentação do livro: Tinha tudo para dar errado... Mas, deu
certo! Realizamos uma roda de leitura na praça e fizemos as discussões,
voltamos para sala de aula e fizemos os registros.
A
minha prática teve um ganho positivo, pois desenvolveu a leitura, escrita
e oralidade, durante as apresentações dos trabalhos, pois alunos que não lia
trouxe o papel para fazer a leitura e explicaram utilizando a oralidade. Quando
alguém fazia alguma pergunta eles sabiam responder, senti satisfeita em poder
melhorar minha prática podendo fazer o aluno ser mais ativo e curioso, a partir
da sua vivência, e utilizando a história.
No que se refere as
atividades, foi elaborada um questionário com oito perguntas para realizar o
registro após a leitura.
Esperamos que o aluno descubra
o mundo, das coisas e do outro, guiando o seu processo de conhecimento e
aprendizagem.
4.1 Público-Alvo e Amostra
Alunos do ensino
fundamental I - 2º ano da rede pública do município de Lucas do Rio
Verde, do ano letivo 2015.
4.2 Análise da Pesquisa
A população amostrada envolveu 25 alunos.
5 Considerações finais
Concluímos o trabalho, felizes por termos conseguido envolver a
atenção de todos os educando, havendo um grande envolvimento e interesse de
todos, atendendo assim as nossas expectativas. Ficando evidente o envolvimento
dos familiares e da comunidade escolar na apresentação.
Essa aula fez com que os alunos
refletissem quanto as desigualdade racial e o ser diferente, e que o respeito é o fator principal da caminhada da igualdade. E que apesar das
diferenças todos somos seres iguais e pensantes. Durante a realização da aula
foi possível observar que os alunos são capazes de lidar com tais
diferenças com
um olhar diferenciado sobre a diferença de modo a contribuir e
enriquecer a identidade e sua formação pessoal fazendo das diferenças um
trunfo, explorando e possibilitando a troca, trabalhando em grupo, respeitando
o próximo.
Atualmente, considera-se a
educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É
através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e
a qualidade de vida das pessoas.
Cabe a escola, trabalhar
na implementação reflexões sobre o ensino da educação étnico racial em
diferentes componentes curriculares, levando o aluno a posicionar-se criticamente
frente à cultura Afro-brasileira e buscando diminuir as desigualdades, percebendo
que nossa sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnico-raciais
diferentes, que tem culturas e histórias próprias, com isto valorizar ações de transformação
na perspectiva da construção de uma sociedade baseada em relações sociais
justas, igualitárias e solidárias.
Referências
AMORIM, Roseane Maria de. O
ensino para educação das relações étnico - raciais: um olhar para o cotidiano
escolar. In: Revista História e Ensino vol. 13. Londrina: Ed. UEL. 2007.
BENTO, Maria Aparecida
Silva. Cidadania em Preto e Branco. São Paulo: Ática, 2005.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação.
Diretrizes currículares nacionais para a educação das relações étnico- raciais
e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. [Brasília]:
[s.l], 2003. 151p.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo
a mestiçagem no Brasil. Identidade nacional versus identidade negra.
Petrópolis: Vozes, 1999.
SANTOS, Solange Oliveira.
Tinha tudo pra dar errado...Mas deu certo! Tangará da Serra:Ideias, 2015.
_________. Lei n.° 11. 645, de 10 de março
de 2008. Que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
“Historia e Cultura Afro-Brasileira e indígena. República Federativa do Brasil.
Brasília, DF. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 04 de
novembro de 2015.
_________. Lei. 10.639, de 9 de janeiro de
2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm>.>. Acesso em: 01 de novembro de 2015.
_________. Lei. 13.185, de 6 de novembro
de 2015. "Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática
(Bullyng)”. República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/legislação.nsf/viw_identificacao/lei13185>.>.
Acesso em: 16 de novembro de 2015.
1 Atividade aplicada após a
leitura:
VOCÊ ESTA SENDO CONVIDADO A REFLETIR SOBRE A
LEITURA, ENTÃO VAMOS REGISTRAR A LEITURA DO LIVRO LIDO DA SEMANA
TINHA TUDO PARA DAR ERRADO...MAS DEU CERTO!
(SOLANGE OLIVEIRA SANTOS)
1.QUANTAS PÁGINAS TEM O LIVRO?______________
2. SOBRE A QUESTÃO
RACIAL, O QUE VOCÊ PENSA SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.A HISTÓRIA DESSE LIVRO SE PASSA EM DIVERSOS
CENÁRIOS. A MENINA NASCEU EM UMA REGIÃO
E FOI PRA OUTRA APÓS A SEPARAÇÃO DOS
PAIS, MORAR COM UMA TIA. POR QUAIS
REGIÕES ELA PASSOU?
( ) NORTE E
SUL ( )NORDESTE E SUDESTE
4.A FAMÍLIA É ALGO PRECIOSO... COMO VOCÊ REAGIRIA SE SUA FAMÍLIA SOFRESSE O PROBLEMA AFETIVO
DA SEPARAÇÃO?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5.TER BONS AMIGOS REFLETE NAS ESCOLHAS?
( )SIM ( )NÃO
6. O BULLYNG NOS DIAS ATUAIS, É UM TEMA QUE VEM SENDO
DISCUTIDO CONSTANTEMENTE,
A FORMA COMO A PERSONA-
GEM SE COMPORTOU NOS MOMENTOS QUE SOFREU COM A
DISCRIMINAÇÃO, FOI CORRETO? ( )
SIM ( )NÃO
SERIA A MELHOR FORMA DE RESOLVER ESSE PROBLEMA?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
7. A FAMÍLIA RETRATADA NESTA HISTÓRIA É COMPOSTA POR QUANTAS PESSOAS?
( )5 ( )8
( ) 18
NA SUA CASA MORA
QUANTAS PESSOAS?_________
8. EM NOSSA VIDA
TEMOS MOMENTOS TRISTES, BOAS LEMBRANÇAS E MUITOS SONHOS. VOCÊ TEM
ALGUM SONHO? DEIXE REGISTRADO AQUI.
1 Atividade aplicada após a
leitura:
VOCÊ ESTA SENDO CONVIDADO A REFLETIR SOBRE A
LEITURA, ENTÃO VAMOS REGISTRAR A LEITURA DO LIVRO LIDO DA SEMANA
TINHA TUDO PARA DAR ERRADO...MAS DEU CERTO!
(SOLANGE OLIVEIRA SANTOS)
1.QUANTAS PÁGINAS TEM O LIVRO?______________
2. SOBRE A QUESTÃO
RACIAL, O QUE VOCÊ PENSA SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3.A HISTÓRIA DESSE LIVRO SE PASSA EM DIVERSOS
CENÁRIOS. A MENINA NASCEU EM UMA REGIÃO
E FOI PRA OUTRA APÓS A SEPARAÇÃO DOS
PAIS, MORAR COM UMA TIA. POR QUAIS
REGIÕES ELA PASSOU?
( ) NORTE E
SUL ( )NORDESTE E SUDESTE
4.A FAMÍLIA É ALGO PRECIOSO... COMO VOCÊ REAGIRIA SE SUA FAMÍLIA SOFRESSE O PROBLEMA AFETIVO
DA SEPARAÇÃO?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5.TER BONS AMIGOS REFLETE NAS ESCOLHAS?
( )SIM ( )NÃO
6. O BULLYNG NOS DIAS ATUAIS, É UM TEMA QUE VEM SENDO
DISCUTIDO CONSTANTEMENTE,
A FORMA COMO A PERSONA-
GEM SE COMPORTOU NOS MOMENTOS QUE SOFREU COM A
DISCRIMINAÇÃO, FOI CORRETO? ( )
SIM ( )NÃO
SERIA A MELHOR FORMA DE RESOLVER ESSE PROBLEMA?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
7. A FAMÍLIA RETRATADA NESTA HISTÓRIA É COMPOSTA POR QUANTAS PESSOAS?
( )5 ( )8
( ) 18
NA SUA CASA MORA
QUANTAS PESSOAS?_________
8. EM NOSSA VIDA
TEMOS MOMENTOS TRISTES, BOAS LEMBRANÇAS E MUITOS SONHOS. VOCÊ TEM
ALGUM SONHO? DEIXE REGISTRADO AQUI.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
SOLANGE OLIVEIRA SANTOS: MÃOS QUE COOPERAM - PROJETO DE ARTE
IDENTIFICAÇÃO:
Título: MÃOS QUE COOPERAM
Área: Educação Segmento: Artes Visuais
Modalidade: Educação Infantil
Orientadora: Silvana Maria Dalmolin Wohl
Autora do Projeto: Solange Oliveira Santos
Corpo Docente Envolvidos no Projeto: Solange Oliveira Santos
Gestora: Marilete Zamberon
Coordenadora: Enelsi Meister
Público Alvo: Comunidade Escolar e familiares
Entidade: SME - Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Município: Lucas do Rio Verde UF: MT CEP: 78455-000 Telefone: (65) 3548- 2361
Execução: Maio/2013 à novembro/2013
PROJETO ARTES VISUAIS
1 - TEMA: MÃOS QUE
COOPERAM
2 - JUSTIFICATIVA
Buscaremos
realizar esse projeto com uma proposta de trabalho coletivo pedagógico, de
forma a resgatar o olhar para as artes visuais. O presente estudo visa também a
incentivar projetos que estimulem novas práticas pedagógicas, beneficiando a
aplicação no dia-a-dia da sala de aula.
3 – PROBLEMA
Por meio de ações
simples, despertar no educando o interesse investigativo, construindo assim o
desenvolvimento do ensino aprendizagem. Contudo, o que sabemos é que na sala de
aula encontram-se vários tipos de crianças, e para podermos trabalhar com esse
projeto é necessário fazer com que as crianças observe a natureza e o que ela
pode te oferecer, acreditamos ser possível melhorar a qualidade das
aprendizagens que acontecem dentro e fora da escola, possibilitando nesse
espaço educativo a reflexão do passado, presente e futuro.
4 – OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Estimular os
alunos no processo, levando-os a ser agentes ativos e cooperativos do
empreendimento. Ampliar o conceito das expressões artísticas, pois estas estão
interligadas à emoção, as quais devem ser valorizadas. Não é possível o
desenvolvimento de uma cultura sem o desenvolvimento das artes. Sendo esta uma
maneira de o homem se encontrar como ser humano, possuidor de racionalidade e
emoção. Com a arte, o aluno poderá pesquisar, conhecer, ver, sentir e escolher
formas artísticas que lhe agrade e construir conhecimentos significativos com
uma visão crítica e reflexiva.
4.2 OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Levar os alunos a conhecer e
interpretar algumas Obras de Artes explorando o estilo e técnicas utilizadas,
bem como a sua valorização.
Proporcionar a criança um entendimento
que o ser humano é constantemente movido por sentimentos e essas emoções podem
estar refletidas em uma obra de arte.
ampliar o conhecimento de mundo da
criança, além de explorar as diversas formas de expressão artística.
Conscientizar da importância em
conhecer a biografia e as obras de alguns artistas nacionais e do mundo.
Propiciar ao educando momentos que
estimulem o interesse pela arte.
Produzir trabalhos por meio da
linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem e da construção e,
assim, desenvolver o gosto e o respeito pelos processos de criação.
Utilizar materiais sobre diferentes
superfícies para ampliar as possibilidades de expressão e comunicação.
Desenvolver a atenção, senso crítico e
a criatividade.
Participação dos pais
5 METODOLOGIA
Estimulados pela
professora e motivadas ALUNOS da
Educação Infantil, serão convidados a participar deste projeto
utilizando artes visuais.
Será trabalhado
com a pergunta exploratória, escolha do território (departamento de cultura)
onde, buscaremos envolver pais dos alunos.
Iremos fazer uma
aula passeio ao departamento de cultura, onde os alunos poderão adquirir mais
informações, sendo essa uma pesquisa onde os mesmos irão visualizar, tocar,
ouvir ou seja irão experimentar novas formas de aprender – o apreciar em arte.
A proposta dos
conteúdos de arte, segundo o PCN, é valorizar a diversidade cultural do aluno,
perceber, assim, a arte como manifestação ideológica cultural. Dessa forma, a
contextualização é relevante no processo de construção do conhecimento. Morin
afirma que:
“Todo conhecimento, para ser pertinente, deve
contextualizar o seu objeto” (MORIN, 2004, p.37).
Nas atividades artísticas em sala de aula
deve haver uma interligação entre o
conhecer, apreciar e fazer, equilibrando-se nos processos cognitivos, razão e
emoção para estimular o aluno a produzir.
Assim,
o aluno irá descobrir o mundo, das coisas e do outro, guiando o seu processo de
conhecimento e aprendizagem.
Com isso iremos
envolvê-los no processo ensino-aprendizagem, com vivências e conhecimentos pela experimentação. Com
intuito de finalizar o projeto e apresentá-lo será criado a exposição com as
telas.
6 DESENVOLVIMENTO
A expedição investigativa teve o departamento de
cultura como território, os alunos ficaram encantados com as apresentações de
balé, dança de rua, jazz, músicas diversas com: teclado, flauta, violão e
bateria, com as pinturas e artesanatos. Quando questionados para falar do que
mais gostaram, as respostas foram divididas, na seqüência, questionados do que gostariam de fazer? A
pintura foi destaque, pois as crianças apreciam as pinturas com tinta. E assim
surgiu o projeto Mãos que cooperam, com a pergunta - O que você gostou neste
lugar?
Com este projeto iremos focar em alguns valores e
ações:
·
o diálogo,
na pergunta exploratória, expedição e durante as apresentações.
·
a
investigação, pelo fato das crianças gostarem das aulas de arte e poderem
explorar o departamento de cultura, próximo à escola.
·
a
cooperação dos pais, sendo os principais colaboradores na aquisição das telas.
·
no
empreendedorismo, através do ato de criar e reproduzir as telas. Podendo
descobrir novos talentos.
·
na
diversidade, ao apresentar os três pintores: Tarsila do Amaral, Alfredo Volp e
Romero Britto, cada um com sua técnica. Trabalhando, desta forma a diferença.
·
na solidariedade,
pois os alunos irão, explorar o dividir e emprestar para aquele que não possuía
avental, pincel e cores. Com os pais, alguns doaram a mais para cobrir aquele
pai desprovido de verba.
Esperamos
que o aluno descubra o mundo, das coisas e do outro, guiando o seu processo de
conhecimento e aprendizagem. Onde esteja envolvido no processo, podendo criar e
recriar, além de trabalhar juntos cooperarando com o outro.
Além,
da principal atividade ser voltada para Artes Visuais - pinturas
em telas; Releituras de obras, poderemos trabalhar nos outros
segmentos: Linguagem oral e escrita: apresentação dos autores
(Biografia); Leituras compartilhadas; poema; Matemática: cores e formas
geométricas telas – quadrado e retângulo;
Natureza
e sociedade: Biografias dos artistas;Música: Aquarela (Toquinho);
Movimento:
Relaxamento;
Nas atividades artísticas em sala de
aula houve uma interligação entre o
conhecer, apreciar e fazer, onde equilibrou-se os processos cognitivos, razão e
emoção para estimular o aluno a produzir, as telas.
Na escolha
do nome do projeto, o aluno Marcos, referiu-se “mãos que trabalham, que ajudam.
Né professora”. Deixando a criança
sempre expressar-se faz com que ela coloque em ação os seus potenciais.
Com esta atividade, foi trabalhado o fato de
dividir, pedir emprestado, ser solidário e o mais importante o fato de fazer
parte da produção, dando novas formas e cores a folha ou tela em branco.
Ao realizar a apresentação dos trabalhos aos pais,
muitos questionaram se foram as crianças que fizeram e como foi, realizado a
produção? Desta forma, ressaltei a importância do diálogo,orientar e do
observar.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este trabalho envolveu atividades
variadas, destinadas a promover o desenvolvimento físico, intelectual e
emocional dos educandos. Inclui entre outros itens, a socialização, a prática
do pensamento criador, a sondagem de aptidões, o incentivo ao raciocínio
lógico, cooperação e um esforço integrado de desenvolvimento de personalidade e
principalmente a nossa responsabilidade social de agir dentro do processo educativo.
Acreditamos
termos conseguido desenvolver nos educandos a
importância de cooperar, criar e recriar. Esperamos que cada educando
tenha aprendido um pouco sobre artes
visuais junto com suas famílias, dando
assim a nossa contribuição em nosso dia-a-dia. Concluímos o nosso projeto,
felizes por termos conseguido envolver a atenção de todos os educandos em nosso
trabalho, havendo um grande envolvimento e interesse de todos, atendendo assim
as nossas expectativas. Ficando evidente o envolvimento dos familiares e da
comunidade escolar na apresentação dos trabalhos no dia 14 de novembro de 2013.
Referências:
BRASIL, Ministério de Educação e do
Desporto. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.
Brasília, DF: MEC, 1998
CAVA, Laura C.S. Cabral. Fundamentos
M. Ensino Artes e da Música. In: Universidade
Norte do Paraná. Curso de Pedagogia: Módulo 4. Londriana UNOPAR,
2007
GONÇALVES, Fátima. Do andar ao escrever: Um caminho Psicomotor. São
Paulo: Cultural RBL.
MORIN, E. Os Sete Saberes Necessários à Educação do
Futuro. 4ª ed. São Paulo: Cortez,
2004
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