BIOGRAFIA ECOLÓGICA
SANTOS, Solange Oliveira
Sou Solange, para os
íntimos SOL, pedagoga e bióloga, nasci
em 19/05/1978 na cidade de Canavieiras
(BA), lugarzinho cercado por belas praias, mangues, brisa litorânia, ar puro,
porém vivi apenas cinco anos nesse local com grande diversidade ecológica.
Hoje, escolhi o estado do Mato Grosso, a
cidade de Lucas do Rio Verde, para morar e ampliar a minha família composta por
eu (35), meu marido Vilson (45), Luma (9
anos) e Malu (9 meses). Juntos buscamos viver ou desenvolver hábitos
sustentáveis, aqui o cenário é bem diferente de onde nasci, naquela cidadezinha
as pessoas eram mais simples, os
vizinhos sentava para conversar, as crianças brincavam na rua, os pais tinha
tempo para os filhos, tudo era muito
tranquilo.
“...Das
muitas coisas do meu tempo de criança guardo vivo na lembrança o aconchego do
meu lar...no fim da tarde quando tudo se quetava o papai...” (música: Utopia)
Meu
sonho, foi interrompido, pois aquela cidade pacata, foi substituída, por muralhas de concretos,
cheguei em São Paulo, na década de 80, logo percebi não havia árvores pelas
ruas e com apenas 5 anos questionei. Meu pai respondeu-me que foram derrubadas
para construir os grandes prédios, e que em algumas praças, parques e no
zoológico havia muitas árvores, após um ano morando em São Paulo, vivia
fechada, não podia correr, tudo era perigoso.
Logo,
conheci outra cidadezinha em MS, com a cara da cidade que nasci cercada de
verde só não tinha praia, mas as crianças brincavam na rua, os vizinhos cumprimentavam-se, a escola era tradicional,
mas conseguíamos construir nosso conhecimento .
Hoje,
vivemos por sonhos, mas sonhos de
consumo, o mundo tornou-se capitalista, as coisas do meu tempo de criança está
se acabando não há mais brincadeira de roda, balança caixão, barata no ar,
corre cotia, beti, queima, entre outras. Raramente, vemos algumas crianças
ainda, brincando de bola e de pega-pega, os brinquedos com tecnologias vem ganhando espaço.
Hoje temos mais crianças com obesidade,
deprimidas, doentes, pois estão se
tornando sedentárias devido os tablet, vídeo games, TV, computadores, celulares
e outros. Como trabalho como professora em uma escola da rede municipal, fico observando
no dia do brinquedo que é toda sexta-feira os brinquedos que as crianças trazem
de casa, na grande maioria são laptop, games, relógios, quase não se vê
bonecas, jogos de dominó, quebra-cabeça. Semana passada comecei a introduzir
brincadeiras antigas e algumas atuais, na hora da saída enquanto eles esperam
os pais, como: odoleta, pico-picolé, caminhão de laranja, buscando atrair o
olhar dos pequenos para novas descobertas.
Enfim, muita coisa mudou, as pessoas, as
escolas, os pais, a natureza, até eu me mudei hoje estou em outro estado aqui
no Mato Grosso em Lucas do Rio Verde, deixei meu Mato Grosso do Sul, porém vivo
em uma cidade que se preocupa com o meio ambiente, nas escolas projetos são
executados com objetivo de se praticar a preservação ecológica, os
comerciantes buscam aderir o projeto sacolas retornáveis, junto com os consumidores,
o SAAE têm contribuindo com suas campanhas para a preservação do meio ambiente,
a Prefeitura têm diversos projetos que destaca o nosso município em rede nacional,
principalmente o de reflorestamento.
Nós somos como formigas, que trabalham sempre
em grupo. Estamos hoje realizando um trabalho de formiguinha lembrando como era
o mundo há 30 anos atrás, como é hoje e como poderá ser daqui 10 anos.
Eu tenho muitas casas, a primeira o meu
planeta TERRA, a segunda o meu Brasil, a terceira o meu MT,a quarta Lucas do
Rio Verde, enfim meu Lar doce lar, a quinta.
Mas, se eu não cuidar do que eu faço no meu lar tudo será refletido nos
outros, pois os pequenos hábitos podem transformar gerações. Podemos contribuir
muito para melhorar nossa pegada ecológica, eu estou consumindo 1.2 planeta,
posso diminuir? Com certeza, tenho que andar mais de bicicleta, comer menos
carne vermelha, consumir menos energia, buscar praticar as políticas dos 7R.